A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 7,7 bilhões neste último mês, recorde para meses de agosto em toda a série histórica, iniciada em 1989. O valor superou, portanto, a marca de US$ 5,8 bilhões registrada em agosto do ano passado, que tinha sido o último recorde para o período. O resultado foi impulsionado pelas exportações de US$ 27,2 bilhões no mês (ante US$ 17,4 bilhões em agosto do ano passado), o que também foi recorde para o período – o melhor resultado anterior, de US$ 26,1 bilhões, havia sido registrado em agosto de 2011.

Confira o Resultado da Balança Comercial – Agosto/2021

As importações de agosto somaram US$ 19,5 bilhões (ante US$ 11,6 bilhões em igual mês de 2020). Com isso, a corrente de comércio do mês passado atingiu a marca de US$ 46,8 bilhões (ante US$ 29 bilhões, em agosto do ano passado). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1º/9) pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint) do Ministério da Economia.

Em coletiva virtual, o subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, Herlon Brandão, destacou que os bons resultados nas exportações foram impulsionados tanto pelo aumento de quantidades enviadas ao exterior como pela melhora dos preços. Nas exportações, houve evolução dos resultados em todos os segmentos: Agropecuária, Indústria Extrativa e Indústria de Transformação. Herlon Brandão apontou que o saldo comercial de US$ 52 bilhões dos primeiros oito meses deste ano já superou o superávit de todos os 12 meses do ano passado (de US$ 50 bilhões). O coordenador-geral de Estatísticas, Saulo Castro, também participou da entrevista.

As exportações da Indústria Extrativa somaram US$ 9,2 bilhões no mês passado (ante US$ 4,1 bilhões em agosto de 2020). Já as exportações da indústria da transformação alcançaram US$ 13,1 bilhões em agosto (frente US$ 9,4 bilhões no mesmo mês de 2020). As exportações da Agropecuária somaram US$ 4,7 bilhões no mês passado (ante US$ 3,8 bilhões, em agosto de 2020).

No último mês a agropecuária apresentou retração nas quantidades exportadas (queda de 6% em relação a agosto de 2020), mas o resultado final, em dólares, teve expansão devido à alta dos preços das commodities. As maiores retrações nos volumes exportados envolveram o milho e o café. A soja manteve a posição de principal produto agrícola exportado (US$ 3,2 bilhões, do total de US$ 4,7 bilhões das exportações da agropecuária em agosto).

Brandão destacou que as exportações brasileiras em agosto cresceram para todos os principais destinos. Em relação ao mesmo mês de 2020, considerando o critério de médias diárias, houve alta de 45,1% nas vendas para a Ásia, de 52% para a América do Norte, de 81,4% para a América do Sul e de 51,8% para a Europa. A média das exportações ficou em US$ 1,236 bilhão em agosto deste ano (período de 22 dias úteis), ante US$ 828 milhões, em agosto do ano passado, ou seja, forte alta em relação ao ano passado. Segundo apontou o subsecretário, as médias diárias de exportação de 2021 tem mantido níveis altos desde abril, em geral com valores acima de US$ 1,2 bilhão.

“As importações também cresceram, principalmente em quantidade”, pontuou Brandão. As compras brasileiras no exterior aumentaram em todos os principais mercados: alta de 56,7% nas importações da Ásia, 93% da América do Norte; 59,4% em relação à América do Sul e 33,9% da Europa (pelo critério de médias diárias, comparando agosto deste ano com igual mês do ano passado).

Recordes também nos acumulados

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, exportações, saldo comercial e corrente de comércio foram recordes para o período.

O superávit da balança comercial brasileira chegou a US$ 52 bilhões (ante US$ 35,7 bilhões, em igual período do ano passado). O melhor resultado anterior tinha sido registrado nos oito primeiros meses de 2017, quando o saldo foi de US$ 40,9 bilhões.

O total de exportações entre janeiro e agosto deste ano foi de US$ 188,9 bilhões, deixando para trás o recorde anterior, de US$ 164,8 bilhões, registrado entre janeiro e agosto de 2011.

A corrente de comércio de US$ 325,7 bilhões apurada entre janeiro e agosto deste ano também foi recorde, superando a marca de US$ 314,3 bilhões registrada nos primeiros oito meses de 2013.

Somente o total de importações apurado entre janeiro e agosto – de US$ 136,8 bilhões – não foi recorde para o período. Ainda assim, foi o maior valor desde os US$ 155 bilhões registrados nos oito primeiros meses de 2014.

Entre janeiro e agosto do ano passado, as exportações alcançaram US$ 137,5 bilhões e as importações US$ 101,8 bilhões, gerando corrente de comércio de US$ 239,3 bilhões. Houve, portanto, alta de 37,3% nas exportações, de 34,4% nas importações, de 36,1% na corrente de comércio e de 45,7% no saldo comercial nestes primeiros oito meses de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020.

Assista à Coletiva da Coletiva da Balança Comercial – Agosto/2021:

A notícia foi publicada em 01/09/2021 na página do Ministério da Economia.

Notícia enviada pelo site Siscomex (http://siscomex.gov.br/)

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